A diminuição do olfacto e do paladar são sintomas habitualmente associados a gripes/constipações, ocorrendo simultaneamente com outras queixas como o corrimento nasal, nariz entupido e espirros. No entanto, recentemente têm-se associado também à COVID-19.
Actualmente, entre 53% a 80% das pessoas infectadas com este vírus apresentam alteração do olfacto e do paladar, podendo mesmo ser os únicos sintomas presentes e o primeiros a aparecer.
Estudos recentes permitiram perceber que, fazendo uma comparação entre uma pessoa que só apresente tosse e outra que apresente tosse e diminuição do olfacto, a probabilidade da última estar infectada com COVID-19, é cinco vezes superior.
Na grande maioria dos casos, esta alteração do olfacto é transitória, ocorrendo normalização ao fim de 14 dias em 85 % dos casos, e ao final de 1 mês na quase totalidade das pessoas (98%). Resta saber o curso da evolução dos restantes 2% de doentes, que poderão ser em número muito significativo e com elevado impacto no futuro, dado o aspecto pandémico da COVID-19.
Pensa-se que este vírus tenha a possibilidade de destruir/invadir directamente o nervo olfactivo, havendo dúvidas sobre a forma como o faz e sobre quais as repercussões futuras.
Assim, as recomendações que fazemos são:
– Devemos estar cientes de que a COVID-19 pode causar diminuição súbita do olfacto e do paladar;
– Pessoas que apresentem tosse e diminuição súbita do olfacto e do paladar tem um risco elevado de ter COVID-19;
– Seguir as recomendações da Direcção-Geral de Saúde: caso apresente estes sintomas ligue para a linha SNS 24 (808 24 24 24) e siga as indicações;
– Apesar da maioria dos doentes recuperarem o paladar e o olfacto, alguns podem ficar com sequelas, desconhecendo-se, à data, dados mais concretos.
Para mais informações contacte O Seu Otorrino.